Friday, February 17, 2006

TV Digital: um debate que também interessa ao setor cultural

TV Digital: um debate que também interessa ao setor cultural
15/02/2006 - André Fonseca - Cultura e Mercadoi

A implantação da TV Digital no Brasil vem sendo há alguns meses um dos
assuntos mais debatidos pela mídia (especialmente a independente) e por
diversos setores da sociedade. Boa parte da discussão tem sido centrada
na escolha do padrão tecnológico que será utilizado e provavelmente a
maior parte da sociedade brasileira que já ouviu falar sobre o assunto
imagina que a TV Digital significará apenas uma melhoria na qualidade
de imagem e som dos televisores de suas casas, sem ter conhecimento das
mudanças profundas que esse sistema poderá representar para o cotidiano
dos brasileiros.

Os pontos mais importantes e urgentes desse debate são outros, e estão
relacionados com questões como a democratização da comunicação, a
difusão da diversidade cultural brasileira, o desenvolvimento da
indústria nacional (e não somente a audiovisual), o acesso à informação
e educação, a inclusão digital e a garantia de direitos fundamentais
que estão previstos na nossa Constituição.

Alguns poucos dados revelam o quadro atual de monopólio na televisão
brasileira: apenas duas emissoras de TV concentram cerca de 77% da
audiência, e apenas seis redes privadas, através de 138 grupos
afiliados, controlam 668 veículos de mídia, entre TVs, rádios e
jornais.

O significado de toda a discussão ganha ainda mais relevância se
considerarmos que a televisão é o meio de comunicação mais presente e
influente no Brasil, e pensarmos no potencial interativo que a TV
Digital representa. Através desse sistema, todo brasileiro com
televisão em casa (87,7% dos domicílios no Brasil, segundo pesquisa de
2002 feita pelo Epcom) poderia ter acesso a serviços educacionais,
conta de email, acesso à Internet, declaração de imposto de renda,
transações bancárias e comerciais, extrato do fundo de garantia,
votação...citando apenas algumas possibilidades.

Outra característica de suma importância da TV Digital que vem sendo
pouco debatida é a multiprogramação. O sistema permite que no mesmo
espaço onde hoje se transmite um único canal, sejam inseridos quatro
novos canais. Ao final do processo de implantação, a TV Digital deverá
ocupar do canal 7 ao 69 do VHF, o que permitiria uma ampliação em larga
escala dos emissores de programação e conseqüentemente, dos produtores
de conteúdo televisivo. Isso significaria que ONGs, sindicatos,
movimentos coletivos e similares poderiam ter seus próprios canais,
tirando a concentração (e o controle) da televisão brasileira das
emissoras públicas e privadas, dando espaço para a difusão da cultura
brasileira e voz a segmentos marginalizados pela TV atual.

No entanto, a multiprogramação só será possível caso não seja escolhido
o modelo de alta definição, que não permite a entrada dos novos canais.
Atualmente, se discute a adoção de um entre três sistemas
internacionais de TV Digital – americano, europeu e japonês - ou de um
sistema desenvolvido no Brasil, o chamado SBTVD (Sistema Brasileiro de
TV Digital).

É em torno da seleção desse sistema que vem ocorrendo a maior parte dos
debates. As grandes emissoras se articulam para não perderem o
monopólio que sempre esteve em suas mãos, e defendem o sistema japonês
(de alta definição), alegando a melhoria na qualidade da imagem que
ela representa. Mas a verdade é que essa imagem só poderia ser
desfrutada por quem tivesse televisores de alta resolução, ou seja, uma
parcela mínima da população. Para as empresas de mídia, a
interatividade só atenderia aos seus interesses se permitir serviços
que gerem lucro (comércio eletrônico, por exemplo).

Já um sistema desenvolvido no Brasil pode representar novos empregos,
mão-de-obra qualificada, desenvolvimento do setor de pesquisas,
dimunuição da dependência externa e o não pagamento de royalties de
patentes. Portanto, uma decisão equivocada poderá comprometer o
desenvolvimento da indústria nacional de televisão.

Antes da definição sobre o padrão a ser adotado, há uma outra ação mais
urgente: a mudança na legislação brasileira de radiodifusão e
telecomunicações. A lei atual separa a radiodifusão de
telecomunicações, medida adotada no governo Fernando Henrique Cardoso
para poder privatizar a telefonia e que é hoje considerada um erro
colossal. É necessária uma nova regulamentação que lide com
necessidades tecnológicas atuais como a convergência de mídias
(fundamental devido ao caráter interativo que a TV Digital
possibilita), impeça a concentração da mídia e possibilite a
democratização da comunicação. Mas a urgência em definir o sistema pode
deixar a legislação para um segundo plano, o que pode provocar novos
erros colossais.

Até o momento, as discussões sobre o processo vinham acontecendo em
circuitos restritos, sem que houvesse um debate público realmente
transparente sobre o assunto. Hélio Costa, à frente do Ministério das
Comunicações, vinha assumindo as decisões, todas de interesses
privados, especialmente das Organizações Globo. Nos últimos dias,
porém, sua autonomia no processo diminuiu, pois o governo criou um
comitê de ministros para tratar do assunto, provavelmente dando atenção
às criticas freqüentes que o comportamento de Costa vinha recebendo por
parte de diversos setores da sociedade.

Outra ação de ampliação do debate ocorreu no último dia 08, quando foi
realizada uma reunião da Comissão Geral da Câmara dos Deputados para
debater a TV Digital. Representantes dos mais diversos setores
interessados e envolvidos na questão estiveram presentes. As
divergências ficaram bem claras, mas em linhas gerais, podem-se dividir
esses setores em dois grandes grupos: os que lutam pela prevalência do
interesse público e os que lutam pela prevalência do interesse privado.

Dia 10 de março é a data escolhida para uma definição do modelo a ser
adotado. Gustavo Gindre, do coletivo Intervozes, define bem o momento
atual do debate: “Precisamos resolver se o Brasil pretende deixar este
novo bem público nas mãos do oligopólio de mídia que há anos controla
as comunicações no país ou se pretende realmente democratizar a
comunicação, estimulando a diversidade cultural e regional e a produção
independente”.

O Intervozes lançou um abaixo-assinado por um sistema brasileiro de TV
Digital de interesse público, que pode ser acessado pelo site
ww.intervozes.org.br

Fabiano Oliveira

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Legalize Já – Milton Friedman

Legalize Já – Milton Friedman

Nobel de Economia encabeça abaixo-assinado enviado a George W. Bush que pede descriminalização da droga

"Legalize já (a maconha)", diz Friedman, 92
SÉRGIO DÁVILA
DA CALIFÓRNIA

Em "Insignificância", um dos filmes mais interessantes e menos conhecidos de Nicolas Roeg, o cineasta de "Inverno de Sangue em Veneza" coloca juntos no mesmo hotel numa noite dos anos 50 o físico Albert Einstein, a atriz Marilyn Monroe, o jogador de beisebol Joe DiMaggio e o senador Joseph MacCarthy. O encontro, é claro, nunca aconteceu. Assim como não aconteceu o de Milton Friedman, 92, o papa do neoliberalismo, teórico e defensor mais ferrenho do livre mercado, com o rei do reggae Bob Marley (1945-81). Mas vale imaginar o diálogo:
"Legalize já?", diria Marley, repetindo o slogan da legalização da maconha. "Legalize já", responderia Milton Friedman.
Na semana retrasada, o Prêmio Nobel de Economia de 1985 e membro do conservador Instituto Hoover, na Califórnia, encabeçou uma lista de 500 economistas enviada ao presidente George W. Bush e aos membros do Congresso norte-americano que pedia a legalização da maconha.
Ele baseia seu pedido no estudo recém-divulgado de um economista de Harvard que calcula que a medida economizaria US$ 14 bilhões por ano ao país (leia texto nesta página).
Friedman apóia a medida por razões econômicas, mas também morais. "Nos últimos mil anos, nunca houve uma morte por overdose de maconha", disse o economista norte-americano em entrevista exclusiva à Folha, repetindo um argumento que milhões de adolescentes do mundo sabem de cor. Leia a conversa:

Folha - "Legalize já"?
Milton Friedman - Sim. É imoral que os Estados Unidos proíbam as chamadas drogas ilegais. Sou a favor da legalização de todas as drogas, não apenas da maconha. O atual estado das coisas é uma desgraça social e econômica. Veja o que acontece todos os anos neste país: colocamos milhares de jovens na prisão, jovens que deveriam estar se preparando para o seu futuro, não sendo afastados da sociedade. Além disso, matamos milhares de pessoas todos os anos na América Latina, principalmente na Colômbia, na tal "Guerra contra as Drogas".
Nós proibimos o uso das drogas, mas não podemos garantir que elas não sejam de fato consumidas. Isso só leva à corrupção, à violação de direitos civis. Acho que o programa contra as drogas dos EUA é uma monstruosidade e ele é que devia ser eliminado. A maconha é apenas um pequeno pedaço desse problema, mas essa equação pode ser aplicada a qualquer droga hoje em dia ilegal.

Folha - E o que o senhor acha que deve acontecer com as drogas que são vendidas legalmente, com exigência de receita médica, mas que também são usadas com fins recreativos, como analgésicos à base de codeína?
Friedman - Defendo a liberação total de todas as drogas. Vicodin, que é um analgésico poderoso, deveria ser vendido legalmente, sem a exigência de uma receita médica. Essas drogas são liberadas ou não para consumo da população, com as devidas ressalvas, pelo órgão federal que as controla [FDA - Food and Drug Administration]. Pois acho que o FDA causou muito mais danos do que benefícios à população.
Veja o caso recente de remédios que foram liberados às pressas e mataram milhares. Se o órgão julgasse a eficiência das drogas no lugar de regular o seu uso, baixaria o custo das pesquisas para a invenção de novas drogas, que é o que importa de verdade.

Folha - Entendo que uma pessoa como o senhor tenha primeiro se interessado pelo aspecto econômico da legalização das drogas. Mas e o moral? O sr. não acha que haveria um boom de consumo nos primeiros anos após uma lei como essa ser aprovada, conseqüentemente com mais mortes?
Friedman - As pessoas aprendem com a experiência, e não precisa ser a própria experiência, a dos outros também ensina. Não vejo nenhuma vantagem em legalizar uma droga com ressalvas. Todo mundo sabe como conseguir a receita de um remédio que quer usar para recreação.

Folha - E o sr. defende que todas as drogas deveriam ser vendidas em qualquer quantidade, em qualquer lugar? A Holanda, por exemplo, um dos países mais liberais nesse assunto, tem bares em que usuários podem comprar e fumar, mas não levar.
Friedman - Defendo que seja como o cigarro, como a bebida alcoólica. Cada um compra quanto quer e usa como quer.

Folha - Na mesma semana do economista de Harvard, o governo divulgou um estudo segundo o qual a maior parte dos presos por maconha se tornam "criminosos violentos, reincidentes e traficantes".
Friedman - Nada do que o governo faz com quem é pego usando ou vendendo drogas serve para educar o cidadão. Eles dizem isso porque precisam justificar a prisão de tantos jovens que vêem seu futuro ser quase fatalmente atingido quando são presos com droga. Muitos dos presos são realmente perigosos e criminosos, mas a maioria não é.

Folha - Posso fazer uma questão pessoal? O sr. já fumou maconha? Ou usou droga ilegal?
Friedman - Não, nunca, mas não quero me comprometer com essa resposta. Talvez eu decida usar um dia e não quero ser considerado um criminoso por isso. Não tenho nenhuma objeção ao desejo de usar drogas, eu simplesmente nunca tive interesse.

Folha - E se um dia as drogas fossem legalizadas, usaria?
Friedman - Talvez sim, talvez não. Mas eu comemoraria o fato de alguma maneira.

Folha - Em um de seus textos mais recentes, o sr. escreve que os níveis de analfabetismo nos EUA "são absolutamente criminosos, mantidos apenas pelo poder dos sindicatos dos professores". O sr. realmente acha que o motivo de a nação mais rica e poderosa do mundo não ter resolvido seu sistema educacional de maneira satisfatória é culpa de alguns sindicalistas?
Friedman - Agora você me pegou (risos). Eu realmente não tenho uma boa resposta para essa pergunta. Poderia dizer que geralmente os países que oferecem maiores recompensas para os professores se saem melhor, como os da União Européia nessa área. Não sei o que responder...

Folha - O sr. também escreveu: "O déficit é a única razão que impede este Congresso de gastar mais, não há diferenças entre republicanos e democratas. Gastar é a maneira mais fácil de comprar votos". O sr. continua republicano?
Friedman - Com erre maiúsculo. Mas acho que até agora o presidente Bush tem feito um péssimo trabalho. Os gastos só aumentaram. Ele está se saindo um pouco melhor do que no primeiro mandato, mas ainda está tudo ruim. Quanto ao Congresso, políticos são políticos. É a melhor profissão do mundo: gastar o dinheiro dos outros. Você faria o mesmo se estivesse lá (risos).

Folha - Ainda sobre o governo Bush, o sr. acha que a invasão do Iraque foi uma medida inteligente, seja economicamente, seja no aspecto moral?
Friedman - Não apoiei a invasão do Iraque. Agora que já estamos lá, no entanto, temos de achar um jeito de sair de uma maneira honrada e decente o mais rápido possível. Dito isso, certamente não havia uma motivação econômica justificável para a invasão, assim como não havia para a primeira Guerra do Golfo.
Os produtores de petróleo norte-americanos não ganham nada com essa guerra. Faria mais sentido econômico se nós tivéssemos invadido Dallas e vendido o petróleo de lá ao mercado mundial, pelos preços do mercado mundial. Acho que fomos à guerra porque o presidente realmente acreditava que havia armas de destruição de massa e que o mundo corria perigo por isso. É uma boa razão para ter derrubado Saddam Hussein, mas ainda defendo o pensamento de outro George, Washington: "Devemos ser amigos de todos os países".

Folha - Se fosse chamado a palpitar, o que diria para melhorar a economia do Brasil?
Friedman - Não posso responder. Estive no país há 10 ou 15 anos apenas por alguns dias e achei e acho a sua economia muito complicada. Sei, no entanto, que o livre mercado está funcionando em muitos países. No Chile. Mas a maioria dos países da América Latina ainda não foi exposta ao capitalismo...

Folha - O que acha da decisão recente do G7, de perdoar o débito dos países mais pobres?
Friedman - Bem, eles não iam receber esse dinheiro de qualquer maneira... Acredito que a ajuda financeira externa mais prejudica um país do que o ajuda. O mundo seria um lugar melhor se o FMI nunca tivesse sido criado, o Banco Mundial não existisse.

Folha - Por quê?
Friedman - Ao emprestar dinheiro a governos fracos, você os fortalece. E o dinheiro nunca chega aonde deveria chegar. Muitas ditaduras nasceram de empréstimos do FMI ou do Banco Mundial. O ideal é que o dinheiro fosse emprestado pelos países ricos diretamente para as empresas de países pobres, tirando o governo da equação. Se não pagassem, seriam as empresas que entrariam em concordata, não os países.

Folha - O sr. tem defendido idéias pouco ortodoxas ou não-compatíveis com sua biografia...
Friedman - Sou um defensor do livre-arbítrio. Não sou um anarquista, acredito em governo, um governo mais contido, mas um governo. Acredito no governo tal qual foi pensado pela primeira constituição dos Estados Unidos, de poderes limitados.

Folha - O sr. realmente vê as drogas sendo legalizadas?
Friedman - No mínimo a maconha. No curso da história humana, nos últimos mil anos, nunca houve uma morte por overdose de maconha. Na comparação, é dez vezes menos viciante que o cigarro e menos que o álcool. Cedo ou tarde isso vai acontecer, como aconteceu com o cigarro e com o álcool, aliás. Eu não vou estar aqui para ver, mas você vai.


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Wednesday, February 15, 2006

Senado aprova lei que aluga Amazônia às empresas privadas

Senado aprova lei que aluga Amazônia às empresas privadas
Lei de Gestão de Florestas Públicas entrega áreas da maior floresta do mundo ao capital internacional » Diego Cruz




Ambientalista protesta durante votação no senadoFolha S. Paulo (fac-símile)A chamada Lei de Gestão de Florestas Públicas foi aprovada pelo senado na noite do dia 1 de fevereiro. Cerca de 39 senadores votaram a favor do projeto que entrega florestas da Amazônia à exploração privada, contra apenas 14 parlamentares que se posicionaram contrário ao projeto. Um senador se absteve. A lei 62/05 prevê concessão de florestas para a exploração privada por até 40 anos. Só nos primeiros dez anos de vigência, o Ministério do Meio Ambiente prevê a concessão de uma área de 13 milhões de hectares de florestas públicas às empresas. O projeto foi enviado ao Congresso em 2005 pela Presidência da República. Aprovado pela Câmara, ele recebeu algumas pequenas emendas no senado e volta agora para os deputados. Caso seja aprovado pela Câmara com essas alterações, o Projeto de Lei vai para a sanção do presidente Lula. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a ministra Marina Silva em pessoa contatou o ex-presidente Fernando Henrique durante a votação para conseguir o apoio da bancada do PSDB ao projeto. Protesto – A única voz dissonante durante a votação no senado veio do plenário. Com uma faixa escrita “Não à privatização”, o geólogo e ambientalista Múcio Nobre protestava contra o projeto. “Vocês, senadores não têm o direito de aprovar isso sem debater com a sociedade brasileira”, afirmava o geólogo enquanto era detido e retirado da sessão. Para Múcio Nobre, o projeto do governo representa um verdadeiro perigo à Amazônia. Além de conceder concessão das chamadas “Florestas Nacionais”, unidade de conservação devidamente demarcada e controlada pelo governo, põe para alugar também terras públicas sem qualquer tipo de controle ou fiscalização. “Terras públicas envolvem muita coisa além de florestas nacionais”, afirma Nobre ao Jornal do Sindsef-SP. O geólogo também denuncia o artigo 29 do Projeto de Lei Complementar, que cria a figura da “hipoteca da floresta”. Isso permitira que uma empresa vencedora de uma concessão de exploração de florestas públicas, ao requerer um empréstimo ou financiamento em um banco, dê como garantia a própria concessão. Além disso, as terras que serão disponibilizadas para concessão muitas vezes coincidem com áreas indígenas, como as terras indígenas yanomami em Roraima e no Amazonas. “São terras em que vivem comunidades indígenas e que são florestas nacionais”, denuncia Nobre. Desnacionalização – Apesar do projeto exigir que apenas empresas sediadas no país possam explorar as florestas, nada impede que tais empresas sejam controladas pelo capital internacional. “Serão imensas áreas colocadas nas mãos dos cartéis multinacionais de madeireiras e fármacos, pois não haverá fiscalização com a estrutura atual”, denuncia o geólogo. Com o texto do atual projeto, as empresas de capital estrangeiro poderão explorar livremente as florestas públicas. Propaganda Enganosa – Apesar de não existir qualquer estudo ou planejamento sobre como serão realizadas as concessões, o governo anuncia que a nova lei vai gerar, nos primeiros dez anos, cerca de 140 mil empregos e R$ 1,9 bilhões em impostos para a União. Para Múcio Nobre, isso não passa de propaganda enganosa para empurrar o projeto às populações regionais que sofrerão suas conseqüências. Por fim, o ambientalista ressalta que não são apenas as madeireiras que ameaçam a Amazônia. “Desmatamento não é provocado apenas pelas madeireiras, mas também pelo avanço das plantações agrícolas, como a soja e a expansão da pecuária que o governo federal não controla de forma integrada com seus respectivos ministérios”, afirma.

Friday, February 03, 2006

A geopolítica do cerco:

A geopolítica do cerco:
Órgão dos EUA coordena estratégias
político-militares para América do Sul
Por Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil
Situação da América do Sul às voltas com forças de ocupação norte-americanas.
Brasília – Prevenir "instabilidades" na América do Sul que ameacem os interesses dos Estados Unidos é a primeira meta da política externa norte-americana para a região. Para isso os EUA desenvolveram organismos militares e sistemas de influência na região, como, por exemplo, o organismo chamado Comando Sul (Southern Command, em inglês).
- saiba mais:
- Um dendo ao assunto acima: A presença norte-americana incomoda à soberania dos países sul-americanos. Como uma verdadeira "patrulha de seus interesses" o governo dos EUA têm atropelado a democracia e soberania de várias nações, dominando os desígnios da ONU e impondo sua "política de ferro". Esta é uma questão que já aflige diversos cidadãos sul-americanos, governantes e diplomatas, mas, no entanto, não vimos até agira uma única voz bradar oficialmetne contra este comportamento que vem violar a nacionalidade de diversos países latinos, com desulpas das mais esfarrapadas. A caça às bruxas já passou, aos comunistas também, aesculpa agora são os terroristas, ou seja, todos aqueles que são abertamente contra os interesses exclusivistas norte-americanos e sua política suja, de abandonar seu território e ir se meter na governabilidade e nas terras alheias.
Este assunto, ao meu ver, é pertinente à vida de todo homem ou mulher que hoje planta os seus pés em alguma parte da América Latina. Por isso, com muito indignação, peço que repassem o link acima, cuja fonte é o site DEFESANET.
Obrigado.
Pepe Chaves

NÚMEROS

A fonte não está clara .





> NÚMEROS:
>
> MÉDIAS BALANÇA COMERCIAL BI US$
> -FHC 1(95/98): -5,886
> -FHC 2(99/02): +3,444
> -Lula(03/05): +34,420 (recorde)
>
> SUPERÁVIT COMERCIAL BI US$
> -FHC(95/02): -8,7 (déficit)
> -Lula(03/05): +103,0
>
> RISCO-PAÍS PTS
> -FHC(02): 1.445
> -Lula(Jan/06): 290 (recorde)
>
> JUROS
> -FHC(02): 25,00%
> -Lula(Jan/06): 18,00%
>
> INFLAÇÃO
> -FHC(02): 12,5%
> -Lula(05): 5,7%
>
> DÓLAR R$
> -FHC(02): 3,53
> -Lula(Jan/06): 2,30
>
> RANKING DO PIB MUNDIAL (PPP) TRI US$
> -FHC(02): 1,340 -> 10º
> -Lula(04): 1,492 -> 9º
>
> BOVESPA PTS
> -FHC(02): 11.268
> -Lula(Jan/06): 35.223 (recorde)
>
> DÍVIDA EXTERNA BI US$
> -FHC(02): 210
> -Lula(05): 165
>
> DÍVIDA COM O FMI US$
> -FHC(02): ?
> -Lula(05): 0,00
>
> DÍVIDA COM CLÚBE DE PARIS US$
> -FHC(02): ?
> -Lula(06): 0,00
>
> SALÁRIO MÍNIMO US$
> -FHC(02): 56,50
> -Lula(05): 128,20
>
> DESEMPREGO
> -FHC(02): 12,2%
> -Lula(05): 9,6%
>
> TAXA ABAIXO DA LINHA DE PROBREZA
> -ITAMAR(92): 35,9%
> -FHC(02): ?
> -Lula(04): 25,1%
>
> 1) Qual foi a taxa de inflação de 2002? E a de 2005?
> 2002 ==== 12,5%
> 2005 ==== 5,7%
>
> 2) Qual o valor da dívida externa no final de 2002? E no final de 2005?
> 2002 ==== US$ 210 bilhões
> 2005 ==== US$ 165 bilhões
> (finalmente a dívida externa começou a cair...)
>
> 3) Qual a inflação acumulada em 3 anos de governo Lula?
> 23%
>
> 4) Qual o percentual de reajuste do Salário Mínimo no governo Lula?
> 50%
>
> 5) Qual era o valor em dólares do Salário Mínimo quando Lula tomou posse?
> Qual o valor hoje?
> posse ==== US$ 56,50
> hoje ==== US$ 128,20
>
> 6) Qual era a relação dívida/PIB do Brasil no final de 2002? Qual é essa
> relação hoje?
> 2002 ==== 57,5%
> 2005 ==== 51%
>
> 7) Qual era a taxa Selic quando Lula tomou posse? E qual a taxa
>atualmente?
> posse ==== 25%
> hoje ==== 18%
>
> 8) Qual o valor das exportações brasileiras em 2002? E em 2005?
> 2002 ==== US$ 60 bilhões
> 2005 ==== US$ 118 bilhões
>
> 9) Qual foi o superávit comercial do Brasil em 8 anos de governo FHC? E em
> 3 anos de governo Lula?
> governo FHC ==== déficit comercial de US$ 8,7 bilhões (não teve superávit
>nos
> 8 anos de FHC... aqui era uma "pegadinha" para os tucanos)
> governo Lula ==== superávit comercial de US$ 103 bilhões
>
> 10) Qual era a taxa de desemprego brasileira em novembro de 2002? E em
> novembro de 2005?
> novembro/2002 ==== 12,2%
> novembro/2005 ==== 9,6%
>
> Está tudo bom? não, precisamos reeleger LULA para que o Brasil fique
> ainda melhor, guarde este documento na carteira ou bolsa e mostre aos
> descrentes.
>
> Relatório do Fundo Monetário Internacional atestando que o Brasil sob o
> governo do Partido dos Trabalhadores é o melhor da História do Brasil:
> http://www.imf.org/external/np/sec/pn/2005/pn05166.htm

Palestina, a vitória da Democracia

Palestina, a vitória da Democracia

por Mariângela Berquó

O resultado das eleições parlamentares palestinas demonstra que o desejo de soberania do país é majoritário na população. Portanto, ao resto do mundo não cabe julgar e nem condenar a escolha feita de maneira clara e livre. Tem-se apenas de respeitá-la e fazer todo o possível para viabilizar, sem preconceitos nem falsos conceitos, a legalização do Hamas, pois esta parece ser a última esperança do povo de um acordo justo e definitivo.

A participação do Hamas, a organização exemplar, o clima de alegria em que o processo de votação ocorreu e a disciplina registrada na apuração dos votos, provam uma grande maturidade de militantes e eleitores, que responderam massiva e calmamente ao apelo das urnas.

Apesar disso e devido às práticas violentas do Hamas, aqui e ali se ouvem vozes alteradas, imagens agressivas veiculadas pela televisão e fisionomias estrangeiras perturbadas, temerosas de uma ‘islamização’ da Palestina. Como se os muçulmanos fossem majoritariamente obtusos e bárbaros. O que não são. No exílio, a Europa e os Estados Unidos estão cheios de intelectuais, cientistas, acadêmicos e criadores talentosos e tolerantes. Na Cisjordânia e em Gaza também.

Espera-se que, quando as armas do Hamas forem postas a serviço de um exército nacional e que os jovens tiverem liberdade e acesso ao estudo e ao trabalho, as palavras destes quadros bem preparados sejam ouvidas fora da Palestina e inspirem a reconciliação do povo de temperamento hospitaleiro, estudioso e aberto. No clima de tensão dos últimos anos era quase impossível que uma alternativa laica prevalecesse.

Um Fatah forte e com poder decisório teria sido o ideal, mas este não era o caso. Seu poder era fictício e a imagem de corrupção havia sabotado a credibilidade do partido e causado fissuras profundas. De tanto pressionar e humilhar os dirigentes do Fatah (quem não se lembra dos meses de reclusão ostensiva de Yasser Arafat em Ramallah?), os inimigos do Hamas acabaram contribuindo para legitimá-lo. Portanto, em vez de reclamar e lamentar o resultado das eleições o melhor é celebrar com os palestinos a vitória que obtiveram.

Quarenta e nove anos após a divisão das terras para a criação do Estado de Israel, pode-se afirmar que a Palestina é hoje um Estado de Fato e Democrático. A escolha do Hamas foi emitida por voto majoritário, e é irreversível e incontestável por qualquer que seja a força. Interna ou externa à Cisjordânia e a Gaza.

É claro que a juventude armada e desvairada é perigosa. Porém, estes mesmos jovens que em Gaza buscaram refúgio e esperança nas armas, após a partida dos colonos judeus, haviam dito ao Fatah que estavam aptos e prontos a integrar-se em uma polícia ou um exército regular, já que este era seu trabalho. Cabe agora ao Hamas a responsabilidade de encontrar-lhes emprego e à comunidade internacional autorizar a soberania política e militar do país.

O Movimento Islâmico de Resistência, cujo acrônimo Hamas significa entusiasmo, já é inevitável há anos, apesar de os ocidentais teimarem em ignorar sua influência. No exterior eles só eram conhecidos por suas ações militares, mas localmente, representavam um papel essencial junto à população carente dos territórios ocupados, sobretudo em Gaza.

Quando foi formado nos anos 70, suas atividades se resumiam a obras caritativas e culturais e sua participação política foi inclusive incentivada por Israel, para enfraquecer o Fatah. Com o passar dos anos e a impotência política, suas retaliações aos ataques israelenses foram se endurecendo, seu braço armado foi se estruturando, e sua influência foi aumentando até tornar-se o que é, após a última Intifada do início deste milênio, provocada pela presença de Ariel Sharon e sua escolta na Esplanada da Mesquita de Jerusalém.

Quando em 2001 Ariel Sharon foi eleito Primeiro Ministro de Israel, os progressistas do planeta tremeram, como tremem hoje os conservadores. O momento era de negociação e em vez de eleger um partido de conciliação, os israelenses optaram pelo extremismo do Likud. Temia-se o pior desse homem de guerra sanguinário, partidário da ‘Grande Israel’ e um dos principais responsáveis pelas colônias judias – o maior empecilho à paz pois inviabiliza a soberania do Estado Palestino.

Mas como a terra gira e a história é forçosamente evolutiva, os apelidos de ‘carniceiro’, ‘bulldozer’, foram arrefecendo e após o orquestrado espetáculo da evacuação de Gaza (enquanto outras colônias continuam sendo construídas silenciosamente na Cisjordânia), hoje há quem chame Sharon de homem de paz.

Mudam os tempos, mudam as vontades, já dizia Camões. Prova disto, em 1948, Albert Einstein e outros intelectuais da época, enviaram uma carta ao New York Times condenando o recém criado em Israel Partido da Liberdade, por sua ‘organização, métodos, filosofia política e social assemelhar-se às dos partidos Nazista e Fascista’. Este grupo armado cometeu inúmeros atos de teor terrorista, horrendos massacres, mas acabou se adaptando à conjuntura local, se transformando, e em 1978, o seu ex-líder, Menachem Begin, foi perdoado e o passado enterrado no Prêmio Nobel da Paz.

O mesmo aconteceu com Yasser Arafat, que a geração de hoje viu como um homem sofrido e impotente em face da força bélica e política de seus adversários. A minha geração o conheceu como o líder combativo da OLP, movimento pelo reconhecimento da Palestina considerado terrorista durante anos – até ser reconhecido, seus membros se diluírem no Fatah e Arafat ser eleito chefe de um governo local precário, mas legal, que lutava pela liberdade e a autonomia de seu país.

Quem diria que o Fatah viria a ser o partido moderado laico defendido pelos ocidentais? Pode ser que a segurança que Mahmoud Abbas transmite às potências ocidentais seja justamente a fraqueza que tirou sua credibilidade e o fez perder as eleições.

O contexto agora é outro e as caras mudaram.

A mais conhecida é a de Ismail Hanyieh, nascido em um campo de refugiados no norte de Gaza e formado em Literatura na Universidade criada pelo Hamas, ao qual aderiu nos anos 80. Após a primeira Intifada, ele foi, junto com quatrocentos palestinos, expulso de seu país pelo então primeiro ministro de Israel, Yitzhak Rabin, para uma no man’s land (terra de ninguém) na fronteira com o Líbano. Um ato controvertido de Rabin, que jogou os refugiados nos braços da milícia xiita do Hezbollah, que os iniciou nos atentados suicidas.

Ismail Hanyieh retornou a Gaza em 1993, onde assumiu a chefia do Hamas quando o líder fundador e chefe espiritual do movimento, Ahmed Yassine, foi assassinado em 2004. Hanyieh é tido como um homem pragmático, capaz de adaptar-se a qualquer circunstância. Razão pela qual concordou em participar das eleições. A incógnita reside na data em que retirará do programa do Hamas a recusa de aceitação do Estado de Israel, um gesto de reciprocidade primordial.

A eminência parda do Hamas é Khaled Meschaal, de volta à Palestina e teoricamente o número um, apesar de seu exílio na Síria ter impedido que assumisse a sucessão política de Yassine. Ele é de Ramallah, formado em Física no Kuwait e militante do Hamas na Cisjordânia desde 1990. Estava exilado na Síria após ter escapado de várias tentativas de assassinato – a última, por envenenamento na Jordânia pelo Mossad (serviço secreto israelense), o que obrigou Israel a desculpar-se publicamente e a libertar Ahmed Yassine. Khaled Meschaal tem sido o negociador internacional do Hamas.

Tanto um quanto o outro foram criados na Palestina entrecortada por colônias judias, com a economia jugulada e sua população privada de perspectiva de futuro. Tanto um quanto o outro sabem que o futuro está na paz. Mas, nem um nem outro parece disposto a baixar a cabeça erguida a duras penas sofridas e infligidas.

Como em qualquer democracia, é lógico que nem todos na Palestina estejam satisfeitos com a vitória do candidato de oposição. No exterior também se pode estar insatisfeito, como com a reeleição de Georges W. Bush. Contudo, quando não se conhece a região apenas como turista ocidental, com guias israelenses, de ônibus e boné, como os jornalistas estrangeiros durante a evacuação de Gaza, consegue-se entender o porquê deste resultado indesejado e procura-se enxergar os palestinos, globalmente, como os seres humanos e sofridos que são.

Como os Estados Unidos em relação ao mundo, os direitos de Israel em relação à Palestina não têm limites. Em nome de uma segurança unilateral, tudo lhe é permitido: invadir impunemente os limites de uma fronteira imposta pela ONU, construir um muro além da Linha Verde (fronteira internacional), oprimir o povo que se encontra além deste, privá-lo de aeroporto, do direito de ir e vir e até de existir.

De certa maneira, este conflito entre Israel e Palestina lembra-me o período negro da Ditadura no Brasil. De um lado, a legalidade (in)constitucional com todos os direitos: de seqüestrar, matar e aterrorizar. Do outro, os ‘subversivos’ e seu terrorismo amador doloroso e desajeitado.

A nossa história tupiniquim terminou bem. Há quem diga que foi porque não levamos nada a sério. Outros, porque somos um país católico, em que o afeto e o perdão são inerentes à nossa condição humana. Ou então, que nosso horror a conflito faz com que vejamos que discussões sobre culpas e razões são estéreis, intermináveis e só servem para alimentar rancores.

Como dizia Ghandhi, ‘Olho por olho leva o mundo todo à cegueira’.

Eis então uma idéia para a diplomacia brasileira: favor aconselhar a uns e outros israelenses e palestinos, em Brasília e na ONU, que ponham fim ao ódio fratricida, à paranóia, à vitimização sem fim e que negociem uma anistia total e irrestrita!

Além do respeito dos tratados das Nações Unidas, é claro, pois a justiça é a condição sine qua non para a paz. Teriam sido ganhadas várias décadas e evitadas centenas de mortes se a fronteira entre Israel e a Palestina tivesse vigorado desde o início e se em Israel não se tivesse cultivado a amnésia.

Ainda é tempo de corrigir o erro, de retirar todos os colonos judeus da Palestina, retirar a Tsahal, derrubar o muro que ultrapassa a fronteira, respeitá-la e deixar os palestinos se emanciparem.

Em vez de crucificar o Hamas, é melhor que o Ocidente se questione do porquê de um Movimento de vocação cartitativa ter se transformado em carniceiro, e estender-lhe a mão antes que os fundamentalistas orientais o façam.

Mariângela Berquó é especialista em geopolítica, em Paris.

Wednesday, February 01, 2006

13 comparações para se pensar

13 comparações para se pensar:

1 - MÉDIAS BALANÇA COMERCIAL (bilhões de US$)
- FHC (PSDB) (1995/2002): -2,442
- Lula (PT) (2003/2005): +34,420 (recorde)

2 - SUPERÁVIT COMERCIAL (bilhões de US$)
- FHC (1995/2002): -8,7 (déficit)
- Lula (2003/2005): +103,0 (superávit)

3 - RISCO-PAÍS PTS
- FHC (Jan/2002): 1.445
- Lula (Jan/2006): 290 (recorde)

4 - JUROS
- FHC (Jan/2002): 25,00%
- Lula (Jan/2006): 18,00%

5 - INFLAÇÃO
- FHC(2002): 12,5%
- Lula(2005): 5,7%

6 - DÓLAR R$
- FHC (Jan/02): 3,53
- Lula (Jan/06): 2,30

7 - RANKING DO PIB MUNDIAL (PPP) (trilhões de US$)
- FHC (2002): 1,340 -> 10º
- Lula (2004): 1,492 -> 09º

8 - BOVESPA PTS
- FHC (Jan/02): 11.268
- Lula (Jan/06): 35.223 (recorde)

9 - DÍVIDA EXTERNA (bilhões de US$)
- FHC (2002): 210
- Lula (2005): 165 - E caindo mês a mês...

10 - DÍVIDA COM O FMI E COM O CLUBE DE PARIS EM DOLÁR
- FHC (2002): Os caloteiros do PSDB e PFL sumiam com o dinheiro
e não tinham coragem de falar o valor da dívida - Lula (2005): 0,00

11 - SALÁRIO MÍNIMO (US$)
- FHC (2002): 56,50
- Lula (2005): 128,20

12 - DESEMPREGO
- FHC (2002): 12,2%
- Lula (2005): 9,6%

13 - TAXA ABAIXO DA LINHA DE PROBREZA
- FHC (2002): Não tinham capacidade para controlar mais este
índice, que segundo dados ultrapassavam os 35%. - Lula (2004): 25,1%


+10 Questões que Não podem ser esquecidas:


1) Qual foi a taxa de inflação de 2002? E a de 2005?
No governo do PSDB, com FHC no ano de 2002 foi de 12,5%. Já no
governo do PT, com Lula a taxa caiu para 5,7% em 2005.

2) Qual o valor da dívida externa no final de 2002? E no final
de 2005? 2002 = US$ 210 bilhões, um absurdo, pois crescia todos os meses.
Agora em 2005 = US$ 165 bilhões - finalmente a dívida externa
começa a cair...

3) Qual a inflação acumulada em 3 anos de governo Lula?
23% - É uma média baixíssima, que está estável, com tendências a
baixar mais ainda. Não se via uma inflação tão baixa no Brasil á décadas.

4) Qual o percentual de reajuste do Salário Mínimo no governo Lula?
50% - Outros governos não passaram nem perto deste número,
mostrando que o interesse não era no povo como um todo e sim apenas os
ricos mereciam aumentos decentes... Ainda temos muito que melhorar, mas
devagar iremos vencer mais essa batalha.

5) Qual era o valor em dólares do Salário Mínimo quando Lula
tomou posse? Qual o valor hoje? Posse = US$ 56,50


Hoje = US$ 128,20 - Um aumento significativo, que é apenas o
começo, pois Lula vai aumentar ainda mais o salário mínimo...

6) Qual era a relação dívida/PIB do Brasil no final de 2002?
Qual é essa relação hoje?
2002 = 57,5%
2005 = 51% - Vai cair ainda mais até o fim de 2006...


7) Qual era a taxa Selic quando Lula tomou posse? E qual a taxa
atualmente? Posse = 25%
Hoje = 18%


8) Qual o valor das exportações brasileiras em 2002? E em 2005?
2002 = US$ 60 bilhões
2005 = US$ 118 bilhões (recorde)


9) Qual foi o superávit comercial do Brasil em 8 anos de governo
FHC? E em 3 anos de governo Lula?
Governo FHC / PSDB = déficit comercial de US$ 8,7 bilhões


(não teve superávit nos 8 anos de FHC... Aqui foi uma
"pegadinha" para os tucanos se sentirem piores ainda, pois não
sabem mesmo administrar o país)

Governo Lula / PT = superávit comercial de US$ 103 bilhões


10) Qual era a taxa de desemprego brasileira em novembro de
2002? E em novembro de 2005?
Novembro / 2002 = 12,2%


Novembro / 2005 = 9,6% - O número de desempregados continua á
cair todos os meses, provando que o Brasil está crescendo e em breve se
consolidará como líder dos emergentes e daqui alguns anos, se continuarmos
assim, com Lula como presidente, o Brasil se tornará um país de 1º
Mundo...


Relatório do Fundo Monetário Internacional atestando que o
Brasil sob o governo do Partido dos Trabalhadores é o melhor da
História do Brasil:
http://www.imf.org/external/np/sec/pn/2005/pn05166.htm